domingo, 1 de junho de 2008

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sempre acontece alguma coisa. com as pontas dos dedos tateio, no escuro ou com o reflexo do sol nos olhos, dá na mesma. acontece alguma coisa que se arrasta, devagar, pedindo: olhem pra mim, eu deixo vocês me analisarem o quanto quiserem, vamos, tirem conclusões sobre mim. mas eu espero. não ignoro, apenas espero. me arrasto mais lento que os acontecimentos, deixo que eles passem na minha frente e me mostrem por onde devo ir, me esquivando do desespero e esbarrando na apatia.

consigo alguma alegria de brinde nisso tudo. alguma tranqüilidade, algum controle. consigo acordar, sentir as preciosas faíscas de ânimo correndo pela espinha de manhã e me colocando de pé. consigo tomar meu café da manhã sem perder a hora ou deixar esfriar o pão. a inevitabilidade do tudo-passa me consola e me angustia; consigo admitir a efemeridade de algumas situações e até de alguns sentimentos, mas e quanto a mim, o quanto de mim fica?

somewhere a clock is ticking.

Um comentário:

Jamila Zgiet disse...

vc também passa, como tudo. por isso é bom passar bem!
:)
luv ya