segunda-feira, 19 de maio de 2008


don't push so hard against the world, no, no
you can't do it all alone,
and if you could, would you really want to?
even though you're a big strong girl,
come on, come on, lay it down
the best made plans are your open hands.

[deb talan]

quarta-feira, 14 de maio de 2008

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eu te disse uma vez que tava juntando os cacos. sabe, igual quando uma porta de vidro se bate tão violentamente que os pedacinhos se espalham pelo chão. eu quero juntar tudo, e não acho que vai ser como na metáfora do vaso quebrado, aquele que depois de passar cola continua todo trincado. e não quero passar tinta em cima, também. quero uma outra metáfora. quero juntar os caquinhos e fazer um mosaico, um vitral, qualquer coisa assim, bem bonita e quase sagrada.

e todos os dias me vem uma nova maneira de dizer, de entender, de sentir as coisas todas. queria poder te contar, mas existe essa distância, essa barreira quase imperceptível que nem o abraço mais apertado consegue romper. a ilusão do abraço é tão poderosa que você acredita mesmo que abraçou e que está sendo abraçado. os braços são talvez o maior engodo no corpo inteiro. mas tudo bem, essas novidades nem chegam a ser novas; são apenas as antigas agregadas ou subtraídas. será que a gente não muda, e essa é mais uma dessas crenças que a gente alimenta pra não se sentir tão mal consigo mesmo ou com o mundo, a gente se agarra a tanta coisa que não existe. é difícil sair da bolha, esticar os braços até o que há de palpável do lado de fora. a mais frágil bolha de sabão parece mais confortável e colorida do que as pedras geladas que revestem o chão onde agora piso. é preciso flutuar, mas são mais importantes os sapatos nos pés.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

sanidade. poderia ser uma palavra de ordem, por enquanto é só um desejo. acordar cedo, caminhar por quase uma hora, desviar de calçadas quebradas. poderia ser uma distração, por enquanto é só killing time. as malditas/benditas horas; as malditas/benditas energias acumuladas. silêncio absoluto ao atravessar a rua. poderia ser um momento de meditação, mas a expectativa passa na minha frente e se quebra. unhas compridas, cabelos presos em coque, olhar submerso em algo não-especulável. poderia ser uma rotina, poderia ser.

na volta, um pôr-do-sol. de tão pronto pra comover, quase passa em branco.


[going to a town - rufus wainwright]

terça-feira, 6 de maio de 2008

segunda-feira, 5 de maio de 2008

belle and sebastian disse: it's not as if i'm being sent off to war, there are worse things in this world.
mas quando é com os outros, a gente entende bem mais.