domingo, 30 de março de 2008

obsoleta / quase memória

Ela se sentia confortável ouvindo músicas de um tempo que não viveu. As de agora pareciam alheias demais a quaisquer já-vividos, sem nada que as ligasse a uma realidade de fato. Precipitado demais afirmar o que se experimenta enquanto se experimenta, não suportaria tamanha incoerência. Que sentido poderia haver em se ouvir o agora falando do agora – não se sabe nada do ser, do é, do vir-a-ser. Queria música concreta, fora das abjurações especulações conjurações, vida ao alcance de uma combinação de acordes. Gostava de pensar que alguém tinha colocado um pouco da própria vida em cada letra das letras, uma vida de verdade, uma vida distante, daquelas da época (quanto mais antiga, melhor) em que cada verso era uma conquista. Em cada tom, nos desafinados quase sem querer que ela acompanhava quase desafinando também, fazia despertar com um ressoar nos ouvidos e um sacudir da memória um tempo que já tinha fechado os olhos.

domingo, 16 de março de 2008

diário

fui dormir meio enjoada, acordei com vontade de ouvir música boba. dessas de rádio mesmo. sintonizei meu som pela primeira vez (esquisito isso de não ouvir mais rádio. associação maluca, parece que tirei mais uma fonte de espontaneidade na minha vida. de imprevisto).

aí tá. tenho que tomar banho, tô aqui enrolando. li umas coisas que me deram vontade de escrever, mas neeem. killers um tanto alto demais. a rádio não funcionou, muita propaganda.

é bom ficar sozinha em casa. mas já estão de volta.

quarta-feira, 12 de março de 2008

lá vamos nós de novo...

detidamente, com mais delongas.

porque eu sempre tive uma queda pelo slowmotion.